há quem fuja da profundidade :: não é o meu caso :: invariavelmente estaco, na atenção a chamados das camadas invisíveis, imobilizado-atraído pelo ser profundo que quer minuciosamente demonstrar-se ::
leio então o ser submerso :: o faço aflorar por força da minha hora dedicada ao poço romÂntico em que se protege :: há quem fuja desses lençóis freáticos :: não eu ::
e se me evado, desejando a superficialidade, logo me sinto um outro, um reles brasileiro amargo, vítima da displiscência :: funcionário pouquíssimo aplicado das encostas poéticas desse país que, com suas musas, segredam coisas aos corajosos ::
detenho concessões para lavras maravilhosas, mas perigosas, cujo preço são maços e mais maços de flores ofertadas ao deuS perfeito das visagEns hospitaLeiras da alMa ::
larissa luz e o terriTório conquisTado
"Filho de Deus, Jesus, tenho amor por Vós, um gande amor por Vós. E saudade. Me cura. Me dá o Espírito Santo. Será que nunca mais vou dar conta de escrever uma poética? Meu braço dói, deve ser reumatismo. Será que fico velha sem fazer aquele vestido? Oh, gente, só tinha 40 anos quando escrevi esta queixa!" ((adélia pRado, "o homem da mãe sEca"