a molecular massa, ou melhor, a massa pensada desde dentro, por suas combinações, em que se juntam sagradas andorinhas ancestrais, impulsos antigos de liberdade :: no cotidiano, a massa bem pensada, combinações de brejos e voações, conquista da alma :: alma santa para essa massa, alma que me purifica, nos cotovelos, nos flancos machucados pelos lampejos de são paulo, globalização, intimidações alheias, o mundo em sua viração desaguada :: para receber a massa, forma untada de margarina, um beijo, também sagrado, cura meu olho :: oito são as colheitas, quando chovem do céu essas dádivas, quando se movem as nuvens :; pão, leite e mel, a extrema unção :: eXu :: a dEus cabe o alimento :: de mim, dEus quer que eu o olhe, bendizendo-o, agradável, palatável, pensativo, milenar ::
aqui, nessa seara, do alimento bendito, meu passo ardente em direção a uma casa maior, útero aconchegante, redescoberta de uma doce plumagem que protege para imensas batalhas :: as casas maiores são engenhos de açúcar e casas da farinha, açougues e mercearias :; reações químicas me protegem para batalhas, trocam indisposição por maravilhas, na guerra contra os nazistas negacionistas fanáticos, santa encruzilhAda, antiga, benta, orada, sagraDA :: cruzeiro maríTimo, cruzAda ameríndia em direção ao regional espírito da herança brasiLeira benquista :: na glóriA do alimento, a humanidade reconquista sua unidade massacrada, na ancestral farinha, por último moída, em purificador e perdoAdo engenho, milenar açougue, espada que acomete mansos cordeiros, aspergindo seu enigmático sangue cheio de simbolismos sonhados por álvaRo de campos na distância do pensamEnto do gloRioso ::
estou cruel, estão cruéis as lavadeiras, que parturientes, colorem o céu com o parto de suas dores :: tudo dói nesse romance astrológico dionisismo natal ::
a cara nega a barbárie
a cara prazerosa do guerreiro
não-monstro
>< a invenção de coRa corAlina na batalhA das memóRias ++
"Adquirimos, com o tempo e com os anos, uma sensibilidade nova, muito superior à sensibilidade da juventude, que pouco nos dá, a não ser a própria juventude, com seus erros e desacertos (...). De modo que nós não trazemos uma bagagem da mocidade. Esta é uma ilusão muito grande. Esta bagagem da mocidade se desfaz em pouco tempo, em poucos anos. Ela se desfaz. Mas a vida nos dá uma outra bagagem, mais sólida, mais positiva, mais vigorosa, é esta que vou levando pra frente e vou procurando renovar e viver nos meus livros, escritos todos eles no tarde da vida! (...) A vida vai nos dando através dos anos, através da experiência, através da vivência, novos quadros, novos interesses, e mostrando o seu verdadeiro lado de poesia. Uma poesia vivida, uma poesia objetiva, uma poesia que eu procuro fazer válida nos meus livros. É onde está o meu espírito e a minha capacidade de viver." (citação de coRa corAlina ><
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:: o jeiTo caboClo >< arriMO, muaRes |
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