O que me fascina é o singelo, como este bule, método empírico e caboclo de passar café. Com ele começo a lida. Deposito toda a esperança de um dia promissor, de paz e harmonia em nossa cozinha. O cheiro do café, que vai fluindo pouco a pouco, me restaura como um renascer. Pronto. Depois do olfato um gosto único. Café bem fresquinho, da hora, forte e puro (sem açúcar). As notícias, a lista dos afazeres, conversas com meu parceiro e grande amor. Quase sempre sobre tudo: planos e sonhos de um país melhor e mais humano. O dia é apenas mais uma aventura, uma metáfora, um desdobre e um sinal de resistência.
//>> sílVia gou/larT, doNa deuSa //>>
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><++ mestREs de cultuRa populaR ::
beth beLI, do bloco iLU obá de miN ><++
do oriente :: vontade de não morrer pelo golpe das horas cruas e intermináveis, que nos avisam sobre o semblante de um
maior valor unívoco :: e repetir as lições de moral dos crentes, estrambólicos, neopentecostais,evangélicos,
amigos, no limite, sempre amigos :: a vida ovariana que divido com menos de um quarto do espaço que necessito ::
a vontade de amar com nativas folhas de poder bucólico ao meu redor, mais ou menos alucinógenas,
com maior ou menor capacidade de me condecorar com primitivas ideias rupestres :: a ausência dessas
povoações placentárias em meu diário alimento ainda assim não me fazem enlouquecer ou desistir da vida
diária em nossos povos e seus estuários :: a vida diária, a me tolher... :: e ainda assim não me encolho,
pois vou vivendo qual protozoário, com as limitações típicas das populações que se encolhem, ou se encontram
invisíveis, encobertas :: vontade de não morrer na cidade, para aquecer-me das emanações numinosas
que fluem de todo contato humano, e ir contando as luas que só eu consigo ver :: a lua desgarrada
do planeta embaixo do cometa, que descobri depois de amanhecer como um despacho na porta dos enjeitados ::
a lua cris e a lua jota, essa última que inventei, depois da suba seguida por três vezes do preço da carne,
a reiterar meu espaço amargo existente na sobra da arte que inventou nossa civilização :: eita cara
de vaca!!! :: eita cara de boi!!! :: e assim vou, circundando vazios de aparência profética, vácuos repletos
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vontade de não morrer na cidade, sempre violenta, a cidade, como um rio que corre movido pela sedução mística
do oriente :: vontade de não morrer pelo golpe das horas cruas e intermináveis, que nos avisam sobre o semblante de um
maior valor unívoco :: e repetir as lições de moral dos crentes, estrambólicos, neopentecostais,evangélicos,
amigos, no limite, sempre amigos :: a vida ovariana que divido com menos de um quarto do espaço que necessito ::
a vontade de amar com nativas folhas de poder bucólico ao meu redor, mais ou menos alucinógenas,
com maior ou menor capacidade de me condecorar com primitivas ideias rupestres :: a ausência dessas
povoações placentárias em meu diário alimento ainda assim não me fazem enlouquecer ou desistir da vida
diária em nossos povos e seus estuários :: a vida diária, a me tolher... :: e ainda assim não me encolho,
pois vou vivendo qual protozoário, com as limitações típicas das populações que se encolhem, ou se encontram
invisíveis, encobertas :: vontade de não morrer na cidade, para aquecer-me das emanações numinosas
que fluem de todo contato humano, e ir contando as luas que só eu consigo ver :: a lua desgarrada
do planeta embaixo do cometa, que descobri depois de amanhecer como um despacho na porta dos enjeitados ::
a lua cris e a lua jota, essa última que inventei, depois da suba seguida por três vezes do preço da carne,
a reiterar meu espaço amargo existente na sobra da arte que inventou nossa civilização :: eita cara
de vaca!!! :: eita cara de boi!!! :: e assim vou, circundando vazios de aparência profética, vácuos repletos
de animalidades orgânicas ::
//> marcuS minuzzi, boi arTeiro //>>
artE :: iara rennó
ágora ::
perspectivismo ameríndio
Eduardo Viveiros de Castro
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artE :: iara rennó
ágora ::
"Se o multiculturalismo ocidental é o relativismo como política pública, o xamanismo perspectivista ameríndio é o multinaturalismo como política cósmica."
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Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio
Eduardo Viveiros de Castro
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planTA :: comigo ninguém poDE |