++ percepção lentamente valorizada do amor brasileiro agreste <:> rito ovariano onírico e negro :x: paixão e sociabilidade dionisíacas comungadas por dona deuSa (sílvia goulart) e o boi arteiRo (marcus minuzzi) <:> a verdade xamânIca da guerra apruma nossas corações antigos e dispostos a tudo contra o fascismo :x: poemas, análises, amores pictografados <:> elegia ao sertão artístico :x:

terça-feira, 9 de abril de 2019

a promEssa


cabreúVA :: planTA


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1. 
Rimas em pedras

Finas, de cor;
Sons de rodas de
Carroça, carro de
Boi.
Andanças do retirante
Agudo e ávido.
Senhor do sertão.
Chapéu quebrado,
Laço,
Janela aberta
Do olho sagaz.
Do ouro,
Extraiu seu arco.
Da rocha, seu pó.
Andarilho senhor
Das luzes.
Carroceiro do mato.
Quanto carregas 
Em teu apetrecho.
Água, arma,
Milho bom.
Acordar com o sol
Quente.
Dormir com os
Rouxinóis.
Céu e chão 
Te carregam,
Pintam teu 
Laço.
Erguem teu
Canto.
Secam as tuas feridas
Cruas.
Andante senhor 
Carroceiro,
Carregas
A flor com espinhos,
Fere os dedos de peão.
O amanhecer
Te concede
A honraria
De representante
De Deus.
Abençoa e ilumina
A nossa procissão.
Somos teus filhos.
Os filhos do sertão.

++ sílVia >< a donA deuSa ++




++ água, arMa, milho bom >< ((imaGem :: a nEgra pinTa cerâmicA))


2.
Oro à mãe artista,
E oro por meu povo,
Erê me ensinou a rezar.
Ó musa negra potência antiga,
Ordem musical 
Em alimento poético amoroso.
A mãe que me banha
Benze minhas feridas.

A mulher que amo fende
Com ardor meu olho.
O homem que sou olha 
O extenso poder do diabo.
Há Deus no meu menino.
Quando era pequeno,
Alegremente amei o gosto oleoso
Da deusa onde erguiam-se
As formas meninas em pelo.

Gosto do teu mênstruo como anel
Que casa nossas escritas 
Em nome de Maria.
A arte que orienta o nosso casamento
É profética e arde intensa.

++ marcus >< o bOi arTeiro ++





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ágora :: os orixás, o imaginário e a comida no candomblé ++


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"Assim, todos os projetos de felicidade nessa vida são ilusões. (...) Vi poucos homens felizes, talvez nenhum, mas muitas vezes vi corações contentes (...). Haverá prazer mais doce que ver um povo inteiro se entregar à alegria em dias de festa e todos os corações se iluminarem aos raios expansivos do prazer que passa de maneira rápida, mas intensa, pelas nuvens da vida?"

 ((ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os devaneios 
do caminhante solitário. Porto Alegre : L&PM, 2014, p. 116. >+<


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artE :: atahUalpa yupanquI << caminito del inDio, partiTura>>


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