estou em pleno vigor mítico das minhas possibilidades, árvore antropológica voraz e erguendo-se ao infinito :: hoje, nem os pais, nem os prédios, atrapalham mais :: nem a sede por amor :: estou cabendo na palma da revolução, por amor ::: e o meu sangue, por amor, que sinto, cada vez mais mítico, por possuir capilaridades relacionadas a hinos de combustão e de uma certa violência agrária, agora é potÊncia, e não ameaça, é não ao horror necrológico, à hora marcada para morrer :: vejo na ponta desses cabelos hordas de camponesas, como numa ciência da terra, uma edafologia dos espíritos trágicos que aviam, como esquemas táticos, uma edafologia da governabilidade sobre o planeta a partir dos mortos plantados, da grande camada de matéria orgânica que nos dá sustenTo e organiza :: mortos que juntos nos governam, com seus méritos, fantasias e faíscas, ali, de onde se elabora e se expande nossa consciêcia mítica, numa impressão anciã ou eremita dos zilhões de vezes que a vida pululou por sobre o planeta :: e são coaxos de rãs que nos exaltam, como numa chuva do abismo tamanho de uma escala inteira geográfica, a sudeste, ou a leste, no intento do gozo das moças que sopram o vento, que são o vento :: e ali, na áfrica, cabeça do mundo, ouço do tudo, após buscar temperos no ocidente e olhos no oriEnte :: sou a zabimBa inteira festa, e estou disposto a governar para os generosos jovens que nos melhoram com suas votivas relações com o mundo e as potÊncias, sejam musicais, sejam eróticas, sejam passivas ou militarmente poéticas :: ((sobre se sentir forte e radiante a ponto de ansiar por estar com 80 anos de idade, jovem marcus, nessa escala poética, que vai das astronaves aos dinossauros, tempo, xangô mágico
:: no candomblé, envelhecer é uma dádiVA ::
"A questão do silêncio também pode ser estendida para um silêncio epistemológico e de prática política dentro do movimento feminista. O silêncio em relação à realidade das mulheres negras não a coloca como sujeitos políticos. Um silêncio que, por exemplo, faz com que nos últimos 10 anos tenha diminuído o assassinato de mulheres brancas em quase 10% e aumentado em quase 55% o de mulheres negras, segundo o Mapa da Violência de 2015." >< djAmila riBeiro