++ percepção lentamente valorizada do amor brasileiro agreste <:> rito ovariano onírico e negro :x: paixão e sociabilidade dionisíacas comungadas por dona deuSa (sílvia goulart) e o boi arteiRo (marcus minuzzi) <:> a verdade xamânIca da guerra apruma nossas corações antigos e dispostos a tudo contra o fascismo :x: poemas, análises, amores pictografados <:> elegia ao sertão artístico :x:

sábado, 21 de setembro de 2019

faço eu mEsma o doce de cOra

++ :: a tonalidade aMorosa recobre a margInal poeTA :://

><><><><><>++++++++><><><><><>++++++++
><><><><><>++++++++





Faço eu mesma
O doce de Cora.
Amplio as linhas...
Mestra, divina flor.
Ensina a me ensinar
O teu córrego puro
Onde lavavas teu
Colo, teu comer.
Aprimorar o doce
Com perfeição buscada
Como inspiração de ontem,
De outros tempos.
Quem dirá, meu Deus,
Quem dirá?
De onde venho e
Como me “abanquei”
Aqui?
Esparramada neste centro,
Meu sul, agora oeste, leste,
Sou do Brasil.
E sinto que meu berço
É o mundo, adoçado,
Cozinhado, esculpido
Em pedacinhos de doce.
Insisto no ofício de
Confeitar.
O que nunca fui.
Sempre fui sal.
Assim, descobri
Meu doce.
Faço eu mesma
Meu tacho
De cobre,
Meu trocado.
Se quiserem,
Paguem primeiro,
Que eu vivo
Da arte
De dizer,
De cantar,
De pintar,
De confeitar.

>> poR sílVia gouLart, a donA deuSa  



><><><><><>++++++++><><><><><>++++++++
><><><><><>++++++++


planTa: andiRoba


><><><><><>++++++++><><><><><>++++++++
><><><><><>++++++++
prefiro o carroceiro e sua carroça 
ao ricaço com sua caminhonete :: 
nada revela mais a verdade de tudo, 
a verdade que mora escondida, 
do que a humilde humildade, 
a humildade mais impetuosa 
que possa existir :: 

nessa minha busca por sentidos 
ocultos, ricos e preciosos-precisos, 
entendo a coleção de possibilidades
existenciais que me deixam 
amável e livre: a recusa a ter razão, 
a recusa ao charco representado pelo dinheiro, 
a recusa
que me enche
de louros à popularidade,
a recusa a querer possuir poder 
sobre objetos-pessoas,
fenômenos-sócio-culturais ::
a recusa a calcular e projetar vitórias, e 
tão somente vitórias, 
em um mundo tão importunado por injustiças
perpetradas por tão-somente vencedores ::

quero ser o caboclo cor de terra,
cor de areia, 
mascador das sementes do girassol ::
minha dor do mundo está aqui, 
e serena mediante essas formas 
tranquilas de doação e de formação de integridade, 
de amor e de panteísmo nacionalista-brasileiro ::

++ por maRcus, o boi aRteiro \<\>/</


><><><><><>++++++++><><><><><>++++++++
><><><><><>++++++++



artE:: bye bye bRasil


"Pode ser considerado como um dos marcos últimos das 
representações sobre o nacional-popular tal como 
expressas pelo Cinema Novo desde o início da 
década anterior, mesmo com diferenças 
quanto aquele." >< sobRE o filme de cacÁ dieguEs, em: magiadoreal 


><><><><><>++++++++><><><><><>++++++++
><><><><><>++++++++


"A crise final da escravidão, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistência, o que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistência à escravidão, o quilombo rompimento, a tendência dominante era a política do esconderijo e do segredo de guerra. (...) Já no modelo novo, o quilombo abolicionista, as lideranças são muito bem conhecidas, cidadãos prestantes, com documentação civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente."

Eduardo Silva+++>



o amoR alimenTA o poeMa

1. A moça comigo brinca na relva. Estou bento iluminado  Com o membro  Amando tesouros míticos. O segredo é peniano. Ora a moça numinosa. A ...

as mais visiTadas